Quando se usavam mais as máquinas analógicas, de filme, era comum imprimir em uma folha simples alguns “pedaços” do rolo fotográfico com algumas fotos, pra que em forma de rascunho, fotógrafos e editores pudessem escolher qual revelar. O nome desse papel é folha de contato.

Raramente uma foto de rua é feita de primeira, assim como raramente consegue contar uma história toda sozinha. Nessas folhas podemos ao invés de ver apenas o resultado, ver o caminho que o fotógrafo percorreu pra chegar em uma imagem, como se movimentou, como se comporta e as escolhas que fez pra expressar sua ideia ou emoção na imagem final.

As 10 fotografias dessa exposição foram escolhidas à partir de um acervo (2017-2024). Logo, além das fotos em si o trabalho é também a própria seleção destas, como conversam e como se dispõe.

Guiada pelos temas território e cultura, pele, linguagem, contato e principalmente mãos, muito presentes no trabalho do artista, a exposição “Acervo em mãos. Uma folha de contato brasileira” é uma despretensiosa e leve pseudo folha de contato do Brasil.